Você sabe quantas doenças o teste do pezinho identifica?

Diversas doenças não apresentam sintomas nos primeiros dias de vida, e por isso, o exame de sangue conhecido como Teste do Pezinho ou primeira triagem, é tão importante para a saúde do seu bebê. O teste é obrigatório e deve ser realizado depois de 48 horas pós-parto ou no máximo cinco dias depois do parto.

Muitas vezes o exame é feito direto no hospital, antes mesmo de o bebê sair da maternidade. Se não for feito o teste na maternidade, é importante pedir encaminhamento para o exame, que é gratuito e oferecido pelo SUS em todo o Brasil.

Você com certeza já ouviu falar no teste do pezinho e provavelmente já sabe que é basicamente a retirada de uma gotinha de sangue do calcanhar do bebê. Alguns bebês são mais sensíveis que outros, e a picada mais assusta do que dói! A enfermeira pode escolher tirar do braço que é menos sensível, mas o importante é coletar a gotinha! O resultado desse teste pode fazer toda a diferença entre o bebê crescer saudável e se desenvolver normalmente ou apresentar uma série de problemas e complicações, pois o tratamento precoce garante uma melhor qualidade de vida para o bebê. 

Ah! É importante que o bebê tenha mamado antes de retirar a gotinha para que os resultados sejam mais precisos.

O Teste do Pezinho é capaz de detectar seis doenças:

Fenilcetonúria: o organismo não consegue metabolizar uma substância existente no sangue chamada fenilalanina, esta substância se acumula no organismo, principalmente no cérebro, podendo levar à deficiência mental. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar totalmente esse quadro.

Hipotireoidismo congênito: é a ausência ou produção reduzida do hormônio da tireóide, uma glândula muito importante para o amadurecimento e funcionamento de vários órgãos, em especial do sistema nervoso central. A falta do hormônio provoca retardo neuropsicomotor acompanhado de lesões neurológicas irreversíveis. O diagnóstico e o tratamento quanto mais cedo começarem, mais chances têm de prevenir o retardo mental.

Doença falciforme: mais comum na população negra, é transmitida pelos pais. Os glóbulos vermelhos possuem uma forma alterada, ao invés de arredondados ficam parecidos com uma foice – daí o nome falciforme. Estes glóbulos alterados grudam-se uns nos outros, dificultando a passagem do sangue pelos pequenos vasos do corpo, ocasionando dores e inchaços nas articulações (“dor nas juntas”), anemia, “amarelão” e infecções. Quando diagnosticada cedo e acompanhada periodicamente pela equipe de saúde, a criança pode ter uma vida normal.

Fibrose cística: é uma doença genética que afeta especialmente os pulmões e o pâncreas. O tratamento do paciente com fibrose cística consiste em acompanhamento médico regular, uma dieta especial, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Embora tenha uma mortalidade alta, e seja uma doença difícil de tratar, a qualidade de vida da criança melhora muito se detectada ainda nos primeiros dias de vida.

Hiperplasia adrenal congênita (HAC): engloba um conjunto de síndromes decorrentes da deficiência de diferentes enzimas produzidas pela glândula adrenal (ou supra-renal), responsável pelo crescimento da criança. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível melhorar o padrão de crescimento, que pode ser até normalizado, na maior parte dos casos. As manifestações clínicas dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (se total ou parcial). O tratamento deve ser contínuo ao longo da vida.

Deficiência de biotinidase: a doença se manifesta a partir da sétima semana de vida, com distúrbios neurológicos (crises epiléticas, hipotonia, que é a diminuição do tônus e da força muscular, microcefalia, e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor) e alterações na pele (alopecia, que é a perda de pêlos e/ou cabelos, e dermatite eczematóide). Nos pacientes com diagnóstico tardio, são comuns distúrbios visuais e auditivos, assim como atraso motor e de linguagem. O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo, que consiste na utilização da vitamina biotina em doses diárias.

O resultado do teste pode demorar de uma semana a um mês para ficar pronto, e o resultado pode ser Normal ou Alterado. Mesmo que o teste seja normal, é comum que o médico peça um novo exame. Mas no caso de resultado alterado, a família é informada por telefone e é solicitado um novo teste. Caso haja a confirmação, outros testes como o “do suor” para a fibrose cística, podem ajudar a diagnosticar o caso e assim iniciar o tratamento adequado.

Existem testes pagos, muitas vezes inclusos nos planos de saúde particular, que detectam diversas outras doenças. Um exame completo é capaz de identificar mais de 50 doenças.

E você mamãe já passou por essa experiência? Como foi com você? Conta pra gente aqui embaixo nos comentários!

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