Logo que nasce, o bebê passa por uma série de exames importantes, que normalmente são presenciados pelo pai ou pela pessoa que acompanhou o parto. Por isso, as mães ficam aflitas sem saber ao certo quais são esses exames. Por isso, para ajudar as mamães que nos seguem a entender melhor os benefícios por trás de cada teste, a DeLeite Materno mostra os testes que são obrigatórios no Brasil e que são oferecidos pelo SUS de forma gratuita.
Os testes obrigatórios para o recém-nascido são o teste do
pezinho, a tipagem sanguínea, o teste da orelhinha, o teste do olhinho e o
teste do coraçãozinho. Eles devem ser feitos nos primeiros dias de vida,
normalmente ainda na maternidade, antes da alta do bebê.
O Teste do Pezinho deve ser feito entre 48 horas depois do parto e até 1 semana
de vida, pode ser realizado na maternidade ou no posto de saúde. É feito a
partir de uma pequena amostra de sangue retirada do pé do bebê, sendo capaz de
detectar 6 doenças (veja o Post anterior). Essa amostra também é usada para determinar
o tipo sanguíneo do bebê.
O Teste da Orelhinha, também chamado de Triagem Auditiva Neonatal, é feito
ainda na maternidade, de preferência nas primeiras 48 horas de vida do bebê,
mas pode ser realizado durante o primeiro mês de vida e ajuda a detectar
possíveis problemas de audição.
O Teste do Olhinho, ou Teste do Reflexo Vermelho, normalmente é oferecido
gratuitamente na maternidade, sendo gratuito nos postos de saúde. É capaz de
detectar problemas de visão, devendo ser feito ainda na maternidade ou na
primeira consulta com o médico, de preferência durante a primeira semana de
vida.
O Teste do Coraçãozinho também é feito na maternidade nas primeiras 48 horas de
vida do bebê. Consiste na retirada de duas amostras de sangue: uma coletada do
braço direito e outra de uma das pernas do bebê, para identificar possíveis
diferenças nos níveis de oxigênio de cada amostra.
Tem também o Teste do Quadril, também obrigatório, mas oferecido pelo SUS apenas em alguns estados e cidades. O médico faz a movimentação das pernas do recém-nascido para detectar uma possível Displasia do Desenvolvimento do Quadril.
Algumas maternidades oferecem dentro do plano de saúde ou pago à parte o Teste da Linguinha, normalmente realizado por um fonoaudiólogo. Uma Lei em 2014 tornou este exame obrigatório, mas atualmente está em disputa no Ministério da Saúde já que a Sociedade Brasileira de Pediatria pediu a revogação desta lei para acabar com a obrigatoriedade do exame. Apesar disso, este é um exame muito importante, pois é capaz de detectar a anquiloglossia, popularmente conhecida como “língua presa”. A língua presa traz problemas imediatos para a criança e sua mãe, já que interfere negativamente na amamentação: o bebê não consegue sugar direito, machucando o seio da mãe e não conseguindo extrair o leite com eficiência. Isso pode gerar um baixo ganho de peso, levando à introdução de fórmulas infantis e podendo levar ao desmame. O aleitamento materno exclusivo é primordial para a promoção da saúde do bebê e da mãe. À longo prazo, a anquiloglossia tem efeitos negativos sobre a mastigação e a fala. É facilmente corrigida com o “pique na língua”. Por isso, peça a realização do Teste da Linguinha ainda na maternidade, junto com os demais exames que são feitos entre as 48 horas pós-parto.
E aí mamãe? Essas informações foram úteis para você? Está mais tranquila agora que já conhece melhor as vantagens de passar com o pequeno pelos testes? Tem alguma dúvida? Deixa aqui nos comentários.